PENSAR FREGUESIA DE ALVARES
IV Jornada Cultural Freguesia de Alvares
“REFERÊNCIAS”é o tema dominante da IV Jornada Cultural da freguesia de Alvares a realizar em Cortes no próximo dia 20 de Junho.
Amigos, naturais e residentes na freguesia de Alvares, para alem de estarem todos convidados, vão ter a oportunidade de discutir com base neste tema, o passado, presente e futuro de gerações que vivem inconformadas com o que se passa no seu dia-a-dia no relacionamento com a desertificação de uma freguesia que tem tudo para ser um pólo de desenvolvimento regional.
Esta IV Jornada Cultural está a ser preparada para que as suas conclusões venham a ser debatidas posteriormente ao mais alto nível, quer autárquico, ou mesmo governamental. Todas as opiniões vão ser estimadas e ponderadas ao ponto de que nada seja desperdiçado.
Para já pretendemos que o dia 20 de Junho de 2009 seja uma data que fique na memória de todos os que participem e queiram contribuir para um futuro mais sorridente dos que querem continuar a “resistir”. E há muitos motivos válidos para “resistir”…
Nova Habitação na freguesia de Alvares
“A FREGUESIA DE ALVARES E O PROBLEMA DA HABITAÇÃO PARA QUEM QUER FICAR A VIVER NA FREGUESIA
Já tenho escrito sobre o problema da “debandada” dos jovens que vivem, trabalham e não têm qualquer oferta de casa digna na freguesia.
Já escrevi que não existe plano de habitação para a freguesia de Alvares.
É só perguntar à maioria dos jovens residentes, filhos de pais não nascidos na freguesia, sobre as opções para a construção de habitação própria permanente.
Não existem, ou têm de ser “mitigadas” como favores… (pedir por especial favor para lhe “dispensar”…, pagando e bem, claro… quando por acaso aparece e quando existem os Euros)
O mercado não funciona… é necessário intervenção urgente de quem “manda”.
Os lugares com mais população não têm alternativas! E são esses lugares que estão a sofrer a sangria dos mais jovens.
A revisão do PDM do município de Góis deverá contemplar locais específicos para habitação própria e permanente, ou de arrendamento, para o mesmo fim.
Também, locais específicos para instalação de comércio. Existem investidores interessados em abrir espaços, mas não têm opções.
Aqui fica, mais uma vez, o alerta para um problema bem real da nossa freguesia, até mesmo do nosso concelho ou região.”
Até aqui, este texto foi escrito por mim há cerca de um ano atrás e foi publicado na imprensa regional…
Venho novamente com o assunto a público por duas razões:
em primeiro lugar porque a procura tem vindo a aumentar e como não existe oferta, os valores dos poucos terrenos que vem ao mercado, são muito elevados… e sujeitos a “triagem”, “especulação” ou mesmo “rateio fiscal” pois os valores patrimoniais são de terrenos rústicos… Todos sabem o que quero dizer… Para os menos entendidos, basta dizer que a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia, deixam de receber muita receita, anualmente, de terrenos que pagam IMI sobre 10 ou 20 Euros e na prática são transaccionados a 10000 ou 20000 euros;
em segundo lugar o que está a acontecer só prova a inoperância das autoridades nesta matéria, porque se fosse recolhida toda a receita em causa os jovens poderiam ser muito mais apoiados e teríamos uma população muito menos envelhecida.
Mais ainda… Se os valores patrimoniais tributários fossem actualizados os valores dos terrenos teriam de descer porque os proprietários ao pagarem mais IMI colocariam os terrenos no mercado e logicamente com mais terrenos para venda os preços descem…
Senhores políticos, proponho que coloquem este assunto nos vossos programas partidários para as candidaturas ao próximo mandato de forma que nas diversas sessões de esclarecimento se possa discutir este tema de uma forma mais transparente….
Julgo pertinente e oportuna esta minha intervenção porque acabo de contabilizar mais de uma dezena de pessoas que trabalhando na freguesia de Alvares vivem fora do concelho de Góis, e basta falar com elas e saber o porquê… na sua maioria, simplesmente não havia casa ou terrenos para construir a preços aceitáveis…
Ou seja, fizemos o mais difícil, a criação de postos de trabalho…
João Reis Antão, 04-05-2009