A Casa de Cultura e Recreio Claudino Alves de Almeida irá estar aberta a partir das 21h 30m do próximo dia 31 para receber todos os que quiserem festejar a entrada no Ano Novo de 2010 em ambiente de convívio e confraternização.
A entrada será livre.
Haverá concurso de sobremesas pelo que se pede que levem "guloseimas" caseiras para poderem ser partilhadas e premiadas.
Pelas 02h do dia 1 haverá caldo verde e pelas 03h e 30m será servido cacau quente.
Contamos com fogo de artificio pelas 00h.
Cortes terá mais um momento único em toda a freguesia de Alvares como teve na Festa de Natal para as crianças da freguesia realizada no passado dia 13.
Esperamos por todos...
João Reis Antão
O livro "Memórias de Antigamente" cujo autor é o Dr. Samuel Mateus, está ao dispor de quem o quiser para si ou para oferecer, e porque não, como prenda de Natal ou de Aniversário... É sem dúvida um ótimo instrumento para fazer reviver tradições, motivar conversas em familia e fundamentalmente um meio cultural.
Os locais onde está disponivel são: na Sala de Convivio da Casa de Cultura e Recreio Claudino Alves de Almeida, no "café da Rosa", com o Tó na Garagem Arganilense, com o signatário através do mail cmcortes@sapo.pt ou tlm 965 802 981.
João Reis Antão
A época de Natal era, e ainda é para mim, uma das épocas mais bonitas do ano.
Vivi numa aldeia até aos vinte e três anos e recordo com saudade os natais ali passados. Ainda hoje tenho na minha memória os montes cheios de geada (ou neve), o cheiro da terra molhada e, logo pela manhãzinha, cheirava a lenha queimada… que saudades!
Era, e é, um tempo de família.
Não foram tempos fáceis. Havia muita pobreza mas o Natal daquela época era vivido como a época em que nasceu Jesus e não naquilo que se tornou hoje, época de consumismo e de correrias para as lojas. No entanto, seja no passado ou nos tempos actuais o Natal é uma época muito especial.
Bem, lembro-me do natal na minha terra:
A preparação do Natal começava com alguma antecedência. Como não havia dinheiro para comprar as figuras do presépio, tudo era feito por mim e pelos meus irmãos.
Ia-mos ao campo apanhar o musgo, a cabana era feita de paus revestidos de palha de centeio. O São José, a Nossa Senhora, o Menino Jesus, a vaquinha e o burrito eram feitos com muito cuidado e normalmente eram representados por bonecos feitos de tecido e pintados com os nossos lápis da escola.
As casas eram feitas com pedras pequenas, pintadas de cal branca e decoradas com pedacinhos de paus, as ovelhas com lã que tirava-mos das ovelhas que pastávamos ao longo do ano. Já a igreja era simbolizada por uma cruz feita com paus, o moleiro e os figurantes com boneco de trapos.
Os meus irmãos e o meu pai iam cortar um pinheiro para a árvore de natal que era enfeitada com tiras de tecido que eu e a minha mãe cortávamos de trapos velhos, fazíamos um grande novelo e depois andava-mos a volta da árvore a enfeitá-la. Como os panos tinham várias cores ficava muito bonita, pendurávamos imagens de papel feitas por nós.
Na noite de natal, vestia-mos uma roupa melhor (a roupa de domingo) e jantávamos as batatas com couves, ovos e bacalhau (este era só quando havia).
Depois, por volta da meia-noite, íamos à missa do galo. Mas como a igreja era na vila de Góis, que ficava a 4 Km, e íamos normalmente a pé, tínhamos de sair de casa uma hora mais cedo para chegar lá à meia noite, regressávamos e junto à lareira deixávamos os nossos sapatos para o menino Jesus vir deixar uma prendinha.
No dia de Natal acordávamos cedo. Apesar de pobres, o nosso menino Jesus deixava o que podia dentro das nossas botas de borracha (imaginem que nós deixávamos as botas de borracha porque tinham um cano mais alto e cabia uma prenda maior). Uma prenda simples como umas meias, uma camisola ou simplesmente um bocadinho de palha davam-nos toda a felicidade do mundo. Esta palha era vendida ao quilo, e era composta pelas aparas das bolachas de baunilha. A cada um calhava um bocadinho embrulhado num cartucho, feito de papel da lista telefónica. Não reclamávamos a prenda, mas a minha mãe logo me dizia: "Sabem, o Menino Jesus é pobre, este ano só te trouxe isto, para o ano talvez seja melhor!”
Depois da azáfama das prendas íamos assistir à missa, na igreja da vila para beijar o menino Jesus e agradecer-lhe as prendas recebidas.
O almoço deste dia era um bocadinho melhor: canja de galinha e arroz com galinha ou um bocado de carne de porco, arroz doce, letria pão-de-ló e filhós, sempre que possível, na companhia da família e amigos.
Há noite, juntavam-se todas as pessoas no largo que fica no meio da aldeia onde previamente tínhamos feito uma fogueira com troncos de pinheiro e oliveira que era acesa na véspera de Natal e durava até dia dos Reis. Ali se comia, cantava os cânticos de natal, dançava ao som das concertinas e percorríamos as ruas da aldeia visitando algumas casas… era uma alegria!
E era assim o Natal na minha terra. Que diferente é a Noite de Natal dos nossos filhos. O sapatinho já não vai para a lareira e as prendas são abundantes e algumas dadas antes do tempo. Enfim, são os sinais dos tempos...
Tenho duas filhas e desde pequenas que faço questão de lhes transmitir como era o meu natal quando eu era pequena e como ficava feliz com as minhas prendas.
in BLOGCORTECEGA - Notícias da Minha Terra
O Samuel Mateus vai estar amanhã dia 12 na Casa do Concelho de Góis para dissertar sobre o seu livro...
Quem quiser estar presente e eventualmente, levar o livro para oferecer no Natal, é a partir das 16 horas na Rua de Santa Marta, 47, Rch Dto, em Lisboa.
João Reis Antão
No próximo dia 13 de Dezembro, em Cortes, irá acontecer Convivio, Cultura e Recreio na Casa da Comissão, pelas 15 horas.
Um grupo de crianças interpretará um sketch e os manos Jorge e Paulo Jorge com as familias interpretarão novos números do extenso reportório. Teremos bons momentos de humor, concerteza...
Os pais e as mães das crianças vão levar sobremesas para juntar ao que a Comissão de Melhoramentos tiver para o lanche onde estão todos convidados a participar.
João Reis Antão
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